24 julho, 2021

COMO VOCÊ LIDA COM OS DESCONFORTOS EMOCIONAIS QUE SENTE?


Na prática clínica tem sido comum ouvir os clientes relatarem que há muito tempo vêm
lidando com desconfortos emocionais em suas vidas. Contudo, relutaram em buscar cuidado psicológico, deixando para recorrerem a tal recurso quando se encontravam em um nível insustentável de desconforto e sofrimento.

Sempre friso à eles que terem decidido buscar ajuda psicológica foi uma ótima decisão!!! A questão é: Por que não fazer isso antes de chegar ao limite ou até mesmo ao fundo do poço???

Ouço ainda, que utilizam atalhos os quais dão a falsa sensação de resultados rápidos em que a trajetória de enfrentamento dos desconfortos psicológicos passa por inúmeras etapas e/ou estratégias que antecedem a psicoterapia, na tentativa de amenizar a dor ou até mesmo camuflar o que vêm sentindo.

Algumas destas estratégias são até criativas e saudáveis, porém, todas imediatistas e não eficazes!!! Outras no entanto, nocivas e extremamente prejudiciais que ao invés de alívio, geram aumento da problemática vivenciada e também do sofrimento, colocando o sujeito em uma condição de extrema fragilidade e vulnerabilidade.

Quando buscamos aliviar o sofrimento de modo a não cuidar do que pode estar gerando este desconforto, corremos o risco de que “esse sofrimento” vá crescendo e tomando proporções cada vez maiores, as quais, por vezes não conseguiremos mais controlar.

Não se engane e reflita: A hora certa de consertar o telhado é quando há sol!!! Não espere a tempestade para buscar ajuda. Investir em sua saúde mental é uma forma de encontrar novos caminhos para soluções mais práticas e eficazes para os anseios, conflitos, sofrimentos psicológicos e dúvidas.

Na psicoterapia analítico-comportamental, que é uma prática baseada em evidências advindas da ciência do comportamento é possível compreender qual a maneira do cliente interagir com o seu meio e de que forma isto está ou não funcionando atualmente. É um espaço para compreender ações e desenvolver possibilidades de mudança.

Logo, já que todo tipo de comportamento é uma ação, então, se quisermos modificar o que é indesejado, é preciso experimentar, emitir, vivenciar outras formas de se comportar, pois apenas pensar e desejar que o universo ajude, ou buscar atalhos que se dizem milagrosos, não trará efeito. Afinal, como será possível obter resultados e ou consequências diferentes se continuar agindo sempre da mesma forma?

Portanto, cuide-se. Faça psicoterapia!!!

“Você não pode impor felicidade. Você não pode em última instância, impor coisa alguma. Nós não usamos a força! Tudo que precisamos é engenharia comportamental adequada.” (B. F. Skinner)

 

24 julho, 2021

SER PSICOTERAPEUTA!


Para mim, ser psicóloga é uma realização, é poder oferecer atenção
diferenciada a cada um dos meus clientes, permeada pela escuta atenta e não
punitiva, que favorece um espaço de acolhimento e cuidado para as dores
humanas.

É uma profissão que me desafia diária e constantemente, me faz pesquisar,
estudar, questionar e sempre reinventar a minha prática, mas também me
permite ajudar em processos de descoberta e transformações que valorizam a
singularidade das pessoas.

Atuar como psicóloga me mostra como é linda esta profissão, que consegue
auxiliar o sujeito a enxergar além do que é dito. É fascinante acompanhar o
desenvolvimento de cada cliente.

Poder participar da história de cada um dos meus clientes, assim como de seus
momentos especiais, que são compartilhados comigo por meio da sessão
psicoterapêutica é de extrema importância para mim. É poder conhecer o
universo de cada um deles de modo a aprender com eles e também
compartilhar meus conhecimentos e aprendizagens.

Quando cada um deles confia em meu trabalho e revela suas dores e alegrias,
podemos criar juntos novos caminhos, novas possibilidades e principalmente
novas histórias. A relação psicoterapêutica se torna então, uma via que
promove ganhos para ambas as partes envolvidas, em reciprocidade e trocas
ímpares. Portanto, sou grata por poder ser psicóloga e cuidar do ser humano.

“O mundo nunca será totalmente conhecido, mas o homem não pode ser
impedido de saber cada vez mais a respeito dele” (Skinner).